As terras de produção da Alho Negro do Sítio estão situadas em Guatapará, no interior paulista, em uma tranquila vila próxima, formada em sua maioria por japoneses da primeira geração e descendentes, esses que viveram dificuldades extremas em seu país de origem, em meados do fim da segunda guerra mundial, em 1945. Com o Japão escasso, muitos, com seus familiares  e filhos pequenos, vieram ao Brasil à procura de novas oportunidades. 

Shiro Kondo nasceu em 1945, formou-se em direito pela Universidade de Waseda, Japão, e viveu até os 23 anos de idade antes de se mudar para o Brasil. Em 1973 casou-se com Sayoko, sua companheira até hoje. Como parte do programa de migração do governo Japonês, recebeu um pedaço de terra na colônia de Guatapará, e lá se estabeleceram. 

A família passou a dedicar-se então à agricultura, tendo como a primeira cultura o abacaxi. Na geada negra de 1981 perderam todo o cultivo. Em busca de uma especialidade mais resistente às alterações climáticas, escolheram o alho.

Ao longo de 33 anos, Shiro aprendeu técnicas como a compostagem, cobertura morta, adubação verde e, principalmente, a rotação de culturas. Tudo isso possibilitou um contato mais próximo com a terra. E foi só em 2006, que Shiro, junto com sua esposa, começaram a desbravar o alho negro, impulsionados pelo “boom” da iguaria no Japão, e pelo crescimento de estudos publicados nos Estados Unidos sobre o aumento da capacidade antioxidante do alho com o processo de maturação, tornando-o um remédio natural e incrivelmente saboroso.

Atualmente a Alho Negro do Sítio é administrada pelo agrônomo Fernando Kondo, filho dos fundadores, formado pela Universidade Agrícola de Tóquio. Fernando viveu boa parte da sua vida em Mombuca, bairro de Guatapará, residência de pessoas com histórias de luta parecidas com as de Shiro. São moradores que  possuem um grande senso de comunidade, cultura de disciplina e persistência, e prezam pelo encontro de equilíbrio entre si.

Fernando, que carrega toda essa história de luta, dificuldades, e tradições da família e da comunidade, certamente, de alguma maneira, conserva esse conhecimento e aprendizado para os valores da empresa. Nós da Alho Negro do Sítio, valorizamos práticas de respeito, solidariedade, sustentabilidade e melhoria contínua.

 

Práticas sustentáveis de produção do alho negro

Como viram, as terras de produção da Alho do Sítio estão estabelecidas em um local onde a influência nipônica é muito forte, onde se tem um estilo de vida muito disciplinado e equilibrado entre os moradores. Esses valores são levados a sério por nós, nos quais são colocados na prática, a fim de produzirmos o alho negro na sua melhor versão.

Pois veja, a produção de alho negro é feita artesanalmente, onde a habilidade do produtor é fundamental para o resultado do produto final. Por isso, nem todo alho negro é criado da mesma forma, dependendo do cuidado e experiência do fabricante. 

Mas antes de chegar na mão do artesão, o alho negro passa por vários processos de produção. E como garantir métodos que respeitem o bem-estar de tudo e todos que estão envolvidos, diretamente e indiretamente? 

Veja abaixo ações e práticas que adotamos para diminuir os impactos ambientais na comunidade, reduzir custos e atender a demanda de consumidores cada vez mais conscientes, que optam por produtos que garantem uma política sustentável:

 

  • ROTAÇÃO DE CULTURA

A rotação de culturas é a prática de plantar culturas diferentes sequencialmente no mesmo lote de terra para melhorar a saúde do solo , otimizar os nutrientes do solo e combater a pressão de pragas e ervas daninhas.

A rotação de culturas ajuda a devolver nutrientes ao solo sem insumos sintéticos. A prática também funciona para interromper os ciclos de pragas e doenças, melhorar a saúde do solo , aumentando a biomassa de estruturas de raízes de diferentes culturas e aumentar a biodiversidade na fazenda. 

 

  • ADUBAÇÃO VERDE

Adubação verde é uma prática de cultivo milenar que visa o fornecimento de nutrientes ao solo, ou seja, consiste em ações para melhorar solos pobres em fertilidade e com pouca matéria orgânica. 

A região de Guatapará situa-se em uma região com solo arenoso, e como o alho necessita de muita matéria orgânica, é feito o plantio de capim tifton, que possui grande quantidade de massa verde, promovendo a cobertura morta, melhoria da estrutura do solo, aumento da matéria orgânica, a reciclagem dos nutrientes do solo com a sua fixação na matéria orgânica, além de promover o aumento  de microrganismos benéficos para o solo.

 

  • COMPOSTAGEM (BOKASHI)

Bokashi, ou matéria orgânica fermentada em japonês, é um tipo de compostagem, rico em nutrientes, que tem como principal método a fermentação, utilizado geralmente por produtores orgânicos. Consiste principalmente de farelos de cereais , melaço de cana, e no nosso caso, inoculação de EM-4 (microrganismos eficientes), que são capazes de fermentar rapidamente resíduos de alimentos.

A Bokashi, além de ser considerada um dos métodos de compostagem mais rápidos, é realizada com a ausência de oxigênio, ou seja, ela emite menos CO₂ e não gera CH4, gases responsáveis pelo aquecimento global.

 

  • USO DE FONTES DE ENERGIA SUSTENTÁVEL

Vimos na instalação de painéis fotovoltaicos como uma alternativa de fonte limpa e renovável, de evitar a emissão de carbono na atmosfera, e de produzir a própria eletricidade a partir de fontes limpas e renováveis.

A instalação de 104 módulos de 445 Wp, cada um com uma potência de 46,28 kWp, ocupando uma área de 242 m², captam a energia do sol e a converterá em 5.467,61 kWp de energia limpa ao mês, na qual atenderá toda a demanda do sítio.

 

Para mais informações de revenda e food service, entre em contato pelo WhatsApp (11)98772-6376

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